Hoje, no regresso a casa, quando vinha no metro, entrou na minha carruagem uma senhora a chorar, que se sentou ao meu lado. Tinha um choro soluçado, parecia uma criança. . . Era um som que me martelava na cabeça, um som sufocante.
Senti tanta vontade de lhe perguntar o que se passava, de lhe proporcionar o conforto de uma palavra amiga, aquela que é dita no timing certo. Mas, não fui capaz! Uma voz interior reprimiu-me. Dizia-me, "não sejas ridícula! Acreditas mesmo seres capaz de a confortar? Não passas de uma estranha..."
Os motivos que nos levam a chorar são muitos e percebi que o tipo de choro também varia. Este transmitia sofrimento. Foi horrível, senti-me impotente.
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